Avaliação Parcial da 1a Unidade (leiam as instruções com atenção!!!)
Caros e caras,
A seguir, considere esta outra passagem, desta feita de Umberto Eco, no capítulo "Estruturas discursivas" (em seu Lector in Fabula, à página 74):
Ao analisar esse segmento, discorra suficientemente (mas de modo breve) sobre as diferenças entre os conceitos de topic e de "isotopia" - especialmente com respeito àquilo que, nas estruturas textuais e discursivas da narrativa, dependem simultaneamente da interação entre texto e leitura e das propriedades semânticas internas ao texto. Na medida do possível, procure comparar esses conceitos com a argumentação que Boris Tomachevski desenvolve sobre o problema da "temática" das obras narrativas.
4. Considere a seguinte passagem do capítulo "Histórias", em Manual de Semiótica, de Ugo Volli, (à sua página 94):
"A maior importância da manifestação linear do texto é uma das características que distingüem a linguagem poética da cotidiana. Enquanto na linguagem cotidiana - de função principalmente referencial - habitualmente entendemos as palavras como mero veículo para exprimir certas idéias ou certas afirmativas sobre eventos ou objetos do mundo real (...), na linguagem poética - na qual a função estética é mais acentuada - às vezes são introduzidos determinados artifícios que visam manipular a superfície expressiva do texto e portanto perturbar o automatismo da percepção e da interpretação referencial."
Em seguida, leve em conta esta outra passagem, desta feita extraída do capítulo "Estruturas narrativas", em Lector in Fabula, de Umberto Eco (às páginas 90 e 91):
"O primeiro livro do Genesis conta, decerto, uma história em que ocorrem mudanças de estado, por obra de um agente cheio de claros propósitos, o qual ativando causas e efeitos pratica ações de rara dificuldade que (...) não constituem escolha totalmente óbvia. Mas ninguém poderia dizer que os eventos conseqüentes à ação resultavam ser inesperados, estranhos ou inusuais para o agente, porque ele sabia com exatidão o que aconteceria se dissesse fiat lux ou se separasse a terra das águas (...). Todavia, seria difícil negar que o relato sobre a criação do universo constitui uma bela obra de narrativa."
Por fim, avalie este outro segmento, oriundo de "Introdução à análise estrutural da narrativa", de Roland Barthes (às páginas 40 e 41):
"Uma seqüência é uma série lógica de núcleos, ligados entre si por uma relação de solidariedade: a seqüência abre-se assim que um de seus termos não tenha antecedente solidário e se fecha logo que um de seus termos não tenha mais conseqüente. Para tomar um exemplo voluntariamente fútil, pedir uma consumação, recebê-la, consumi-la, pagá-la, estas diferentes funções constituem uma seqüência evidentemente fechada, pois não é possível fazer preceder a encomenda ou fazer seguir o pagamento sem sair do conjunto homogêneo consumação."
Tendo em vista os problemas apresentados nessas passagens, versando sobre as especificidades e funcionalidades da seqüência narrativa, avalie agora este breve episódio do início do romance A Metamorfose, do escritor tcheco Franz Kafka:
| Franz Kafka, A Metamorfose |
BARTHES, Roland. "Introdução à análise estrutural da narrativa". In: Análise Estrutural da Narrativa: pp. 19,62;
ECO, Umberto. “Estruturas discursivas” e "Estruturas narrativas". In: Lector in Fabula: pp. 69,92;
GENETTE, Gérard. “Fronteiras da narrativa” . In et al.: Análise Estrutural da Narrativa : pp. 265, 284;
TOMACHEVSKI, Boris. "Temática". In: Teoria da Literatura: formalistas russos: pp. 169,204;
VOLLI, Ugo. “Estruturas” e "Histórias". In: Manual de Semiótica: pp. 55,134.
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