Última questão da Avaliação Parcial da 3a Unidade (leiam com atenção!!!)
Caros e caras,
A seguir, partilho com vcs. o enunciado da 3a questão da Avaliação Parcial da 3a e última unidade do curso, versando sobre o problema dos "entrecruzamentos entre história e ficção", no como como o formulam Paul Ricoeur, Raphaël Baroni e Jules Gritti.
3. Considere os seguintes segmentos dos textos da 3a unidade:
"É compreensível, portanto, que eu não nego aquilo a que alguns observadores das narrativas mediáticas denunciam, enquanto uma deriva sensacionalista do discurso jonralístico. No entanto, gostaria de acrescentar que a racionalidade não está completamente evacuada em um tal contexto e que, ademais, às narrativas de alguns podem se opor as versões de outros. O que importa, em última análise, é que a esfera pública oferece espaço para histórias conflitantes, observando-se para tanto determinados padrões éticos, o que está longe de ser garantido em um universo mediático dominado pela lógica do lucro." (In: BARONI, Raphaël. "A Tensão Narrativa Através dos Gêneros: questões éticas e estéticas do suspense", in: Experiência Estética e Performance: p. 77);
"À primeira vista, a diegese de um conto, de uma obra dramática, de um filme...parece diferir da de uma narrativa de jornal: a primeira emana de uma criação fabuladora, a segunda é comandada dia a dia pelo acontecimento; na primeira, o 'suspense' é mannipulado, na segunda aparece inteiramente dado. O acontecimento opor-se-ia à estrutura como a natureza ao 'artefato', o acidental ao categorial. E, entretanto, 'seja a ação vivid ou representada , o vivido transmuta-se em representado, o dado circunstancial é apreendido segundo as 'categorias' da narrativa". (In: GRITTI, Jules, "Uma Narrativa de Imprensa: os últimos dias de um 'Grande Homem'", in: Análise Estrutural da Narrativa: p. 171)
"Fingimos vrer que a leitura só diz respeito à recepção dos textos literários. Ora, somos leitores de história quanto de romances. Toda grafia, portanto a historiografia, remete a uma teoria ampliada da leitura (...). Nesse sentido, as análises do entrecruzamento da história e da ficção que vamos esboçar remetem a uma teoria ampliada da recepção, da qual o ato de leitura é o momento fenomenológico. É nessa teoria ampliada da leitura que se dá a inversão, da divergência para a convergência, entre a narrativa histórica e a narrativa de ficção." (RICOEUR, Paul. "O entrecruzamento da história e da ficção". in Tempo e Narrativa 3: p. 311)
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