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Mostrando postagens de abril, 2025

Notas da 3a sessão do curso (30/04): mundos, temas e topic do discurso narrativo (Eco, Tomachevsky, Volli)

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Introdução às Teorias da Narrativa (GEC 114) Aula no 3 (30/04/2025)     O “Quê” das Histórias: Temas e Mundos Narrativos (U.Eco/U.Volli/B.Tomachevski)    1.  Na sessão anterior, introduzimos algumas questões de fundo de uma teoria das formas narrativas, partindo de seus limites, por assim dizer, “internos” da definição desse objeto (já que estamos falando da narrativa em perspectiva teórica): com isto, privilegiamos a definição de certas fronteiras que os exercícios conceituais acerca da narrativa devem obedecer, de modo a não nos tornar confusos sobre aquilo que tem parentesco mas não é, rigorosamente falando, uma narrativa. Recuperemos então algumas das definições mais gerais que circularam em nosso primeiro encontro síncrono:    • Narrativas são representações de acontecimentos, significados por “mudanças de estados”, conferidas por uma lógica própria a universos da fábula, tais como princípios de conseqüencialidade de tais mudanças (G.Prince);...

Enunciado da 1a questão da Avaliação Parcial da 1a Unidade do curso (leiam com atenção!!!)

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Queridos e queridas, Como mencionado ao fim de nossa última sessão do curso (16/04), ofereço uma primeira questão para o exame que farei sobre os níveis de apreensão das questões oferecidas em cada tema da unidade do curso - neste caso, aqueles que concernem à 1a unidade de nosso conteúdo programático (vejam o post sobre o Programa da Disciplina). Neste momento, estou interessado em avaliar como vcs. compreendem aquela primeira fronteira conceitual oferecida por Gérard Genette, em sua argumentação sobre o conceito de narrativa, a saber: aquela que segmenta as duas principais grandezas da representação narrativa, definidas como "mímese" e "diegese".  Segue o enunciado desta questão (restrito às partes destacadas  em   negrito ): 1. Considere as duas seguintes passagens do texto "Fronteiras da narrativa", de Gérard Genette - primeiramente esta, em sua página 269: "A imitação direta, tal como funciona em cena, consiste em gestos e falas. Enquanto que con...

Notas da segunda sessão do curso (16/04/2025): Fronteiras da narrativa (G. Genette e R.Barthes)

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Introdução às Teorias da Narrativa (GEC 114) Aula 2 (16/04/2025) Definindo a narrativa como objeto de estudos: fronteiras conceituais de um regime narrativo dos textos (R.Barthes/G.Genette)    0.  Ao se iniciar essa aventura pelos discursos que evocaram a narratividade enquanto problema a ser estudado de modo mais sistemático, nos deparamos certas noções sobre o conceito mesmo de “narrativa”, dos quais devemos supostamente partir. Ao avaliarmos aquilo que as matrizes antropológicas, históricas e poéticas sugerem para a formulação da narrativa como um problema central nas humanidades, podemos chegar a algumas idéias desse objeto - na mesma proporção dos riscos que podem ficar implicados por uma certa generalização dos usos mais freqüentes da idéia de “narrativa”, especialmente em nossos dias.    De todo modo, se o objeto de uma teoria deve pagar o preço de sua generalidade, o que se observa nos esforços de definição sobre aquilo que uma teoria da narrativa deve e...

Notas da aula de hoje (09/04): Três fontes dos saberes sobre narrativas

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Introdução às Teorias da Narrativa (GEC 114) Aula no 1 (09/04/2025)   Mito, História, Poiésis: três fontes dos saberes sobre narrativas    1.  Já examinamos em nossa discussão introdutória do curso que o percurso das ideias que informam as teorias da narrativa nos pede para evitarmos certas confusões conceituais, naquilo que respeita os objetos desses saberes: há decerto fenômenos assemelhados àquilo sobre o que se debruçam os narratólogos e aquilo de que falam, por exemplo, certas ramificações da historiografia, ao pensarem sobre o modo de se organizar discursivamente episódios e fatos de relatos sobre sociedades, culturas e civilizações.    Se desejarmos nos manter num nível de apreensão próprio a nossa própria experiência cultural, falemos então das pretensões de autoridade do jornalismo, enquanto prática social e discurso organizador de atualidades históricas, para pensarmos a importância de se considerar a grandeza propriamente narrativa dessas prática...